O que te traz aqui? Eu tenho pânico..
Vivemos em um tempo onde a ansiedade tem sido a resposta imediata a qualquer situação que enfrentamos. E nos casos mais graves ou nas pessoas mais sensíveis o pânico tem sido a reação. O grande problema é que essa forma de reação vira um modo operandis do cérebro e pode tornar-se uma síndrome que impede escolher outras formas de lidar com situações estressantes.
As pessoas que dizem ter síndrome do pânico relatam que em algumas situações (lugares cheios, pessoas andando muito próximas, pressão psicológica, trânsito e etc.) sentem um profundo incômodo que vai desde as dores de cabeça, dores no peito, falta de ar, sensação de alteração da temperatura corporal e um medo paralisante. Em virtude dessas sensações, as pessoas começam a limitar suas vivências tentando não se expor a nenhuma situação que possa desencadear uma crise de pânico. Mas com esse movimento de evitação cria-se mais um problema: Não podemos controlar circunstâncias externas! E aí começam os episódios de isolamento impedindo a pessoa de desfrutar de suas relações e práticas saudáveis que sempre fizeram parte de sua vida.
E como enfrentar tudo isso?
Procure ajuda profissional. É necessário consulta com psiquiatra para confirmar o diagnóstico e verificar a necessidade de medicação e sessões de psicoterapia para auxilio em uma melhor gestão e conhecimento de si e enfrentamento das situações de estresse. Conhecer a nossa própria história nos dá acesso às possibilidades de mudança.
É importante entender que o medo e a ansiedade são respostas esperadas em todos os seres humanos em situações adversas. O que pode atrapalhar é quando não se consegue dar outra resposta.
Érika Renata - Psicóloga